Hebreus
Dia 187 – Colossenses 01 – 04. Cristo, Herdeiro e Criador e Sacerdote.
02
de
Julho
de 2019
Hebreus
é uma carta de autoria misteriosa, ha quem acredite que seja um
trabalho paulino, outros, ao analisarem o estilo literário, atribuem
sua autoria a Lucas, de qualquer forma, está é uma carta de suma
importância, nela temos o elo entre o Velho e o Novo Testamento,
temos uma explicação dessa transição.
A
carta abre nos afirmando que Deus falou aos homens de muitas formas
no passado, mas que recentemente falou-nos pelo seu filho, filho este
que é o herdeiro de tudo e aquele a quem o pai usou como instrumento
para criar o mundo. Foi Jesus quem criou todas as coisas; embora a
trindade tenha dito o “façamos o homem”, foi Jesus quem “botou
a mão na massa” (Hb 1.1-2).
O
texto nos deixa claro a divindade de Cristo, ao nos afirmar que ele é
a expressa imagem da pessoa de Deus (vs 3) e foi considerado pelo pai
como mais excelente que os anjos (vs 4). Cristo nasceu como homem, e
por suas ações recebeu um nome que é sobre tudo e todos.
O
verso 5 pode fazer alguns pensarem que Jesus foi gerado, mas o texto
aqui citado é uma referencia ao salmo 2 verso 7. Essa referência é
entendida melhor quando usada em Atos 13, nos versos 32, 33 e 34; ali
percebemos que a expressão “gerar” refere-se a ressurreição de
Cristo. Jesus não foi criado pelo Pai, ele sempre existiu como
pessoa da trindade. Pai, Filho e Espírito Santo sempre existiram
desde a eternidade.
Não
digo aqui que os termos sempre existiram, afinal, antes de nascer,
Jesus não era filho e o Pai não era pai, eram no entanto apenas
Deus. Os termos Pai, Filho e Espírito são apenas derivados das
circunstâncias referentes a entrada de Jesus na Terra.
Diferente
dos anjos, que são seres criados e enviados para servir em nosso
favor (Hb 1.14), anjos não merecem o nosso louvor e nem nossa
adoração. Jesus ao nascer, foi colocado em posição inferior a dos
anjos, mas após sua obra, recebeu de volta a sua posição original
(Hb 2.7).
Jesus
nasceu para livrar todos nós do pecado, pois ele, sendo tentado,
sofreu mas não pecou, por isso era digno de socorrer a todos nós, e
ainda hoje pode auxiliar todos os que são tentados (Hb 2.15-18).
Por
ter nos ligado a Deus, Jesus tem a função de sacerdote, afinal,
essa era a função sacerdotal, ser o elo entre o homem e Deus (Hb
3.1); logo, por termos um sacerdote que pode entrar diretamente na
presença do Pai, podemos chegar com confiança diante do trono da
graça de Deus, para que possamos alcançar misericórdia e sermos
ajudados no tempo oportuno (Hb 4. 14-16).
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