quinta-feira, 4 de julho de 2019

Diário de Leitura #189

Dia 189 – Hebreus 08 – 10. Jesus, Sacerdote e Mediador.

04 de Julho de 2019

     O resumo do que temos visto até esse momento é simples, nós temos um “sumo sacerdote que está assentado nos céus à destra do trono da majestade” (Hb 8.1).
     A Nova aliança não foi um “novo” plano de Deus, desde o princípio ela era esperada, porque se a primeira aliança fosse irrepreensível, não se teria enviado Jesus (Hb 8.7); se as pessoas conseguissem se salvar oferecendo o sangue de animais, para que Deus enviaria seu filho para sofrer? O sangue de bodes e touros não tem poder para tirar pecados (Hb 10.4)

     A verdade é que tudo já estava planejado, lemos em Hebreus 8, nos versos 8 e 9 uma citação de Jeremias 31. 31-34 onde Deus anuncia que traria uma nova aliança; portanto, não podemos nos prender mais aos ritos veterotestamentários.
     A antiga aliança era repleta de símbolo das coisa que aconteceriam; nela, o sumo sacerdote entrava diante da arca uma única vez por ano, ocasião em que oferecia sangue pelos seus pecados e pelos do povo (Hb 9.7); Jesus não entrou em um tabernáculo terrestre, mas no verdadeiro, não com sangue de bodes ou bezerros, mas com seu próprio, havendo efetuado uma eterna redenção (vs 12)
     Porque se o sangue de bodes e novilhas servia para certa santificação, quanto mais o sangue de Cristo (vs 13-14); Moisés ao anunciar a lei, usou sangue para confirmá-la, dizendo “Este é o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês” (Ex 24.8); Jesus no entanto, usou seu próprio sangue em uma nova aliança; na ceia, vemos uma repetição das palavras de Moisés (Mt 26.28)
     Todo o sangue oferecido de animais, era um símbolo do cordeiro de Deus que viria trazer salvação para o mundo, Jesus veio e nos ofereceu a salvação, tornando-se um mediador entre o homem e Deus Pai (Hb 8.6 & 9.15), olhemos essa palavra mais de perto.
     A palavra grega que encontramos aqui é μεσίτης – mesítes, seu significado no entanto é bem mais amplo do que imaginamo, o “mesítes” era de fato um mediador; ele era alguém que servia para interpor conflitos entre duas partes, era um apaziguador. Vale ressaltar que dessa função era exigido um profundo conhecimento das duas partes, ou seja, em uma hipotética disputa entre um cozinheiro e um vendedor, o mediador precisaria ser alguém que entendesse tanto de vendas como de cozinha, assim poderia mediar de forma justa o conflito. Somente Jesus poderia ser o mediador entre Deus Pai e os homens (1Tm 2.5), pois só Jesus é Deus e homem.
     Mas o significado de “mesítes” vai além, ele também era aquele que era usado como testemunha em um contrato, ele se responsabilizava em fazer que ambas as partes cumprissem os seus deveres, era o “fiador” da aliança. Jesus como mediador da nova aliança, nos garante que o Pai cumprirá o que nos prometeu, e garante também ao Pai o nosso cumprimento, afinal, é ele quem nos fortalece; No contexto de Hebreus, penso ser esse o significado mais apropriado; entretanto, ambos os significados estão em consonância com os preceitos bíblicos.
     Encerramos hoje com uma pequena mudança de assunto, o autor nos aconselha a seguirmos firmes em união, nos estimulando ao amor e nos fortalecendo mutuamente, para isso, recomenda que não deixemos nossa mútua congregação (Hb 10.25). Todo servo de Deus deve buscar congregar com os seus irmãos. Essa ideia de cristão longe da igreja não é bíblica; a frase “eu sou uma igreja” não encontra respaldo nas páginas das sagradas Escrituras; devemos pois buscar a comunhão dos irmãos, para que possamos crescer e nos desenvolver espiritualmente.

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