Dia 195 – 1ª Timóteo 4 – 6. Últimos dias; Ministério; Viúvas; Cuidado Familiar; Prebenda; Riqueza.
10
de
Julho
de 2019
Seguindo
nosso passeio pela primeira carta de Paulo a Timóteo, chegamos
próximos da sua reta final; aqui o apóstolo da alguns conselhos
diretos ao seu filho na fé.
Paulo
lembra que nos últimos dias, viriam pessoas que apostatariam da fé
por darem ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios
(1Tm 4.1), isso aconteceria orquestrado por homens hipócritas,
pessoas que têm a consciência cauterizada (vs 2); nessa época,
veríamos a proibição dos casamentos e um grande apego a detalhes
já superados da lei (vs 3).
De
fato, não temos dúvidas quando olhamos a nossa volta; já nos
encontramos muitos próximos desse tempo final, a apostasia tem
crescido, a família tem sido atacada, e cada dia, mais e mais
igrejas surgem pregando uma evangelho distorcido.
Timóteo
no entanto é aconselhado a não desanimar antes a ser exemplo dos
fiéis na palavra, e no trato; na pureza, na fé e no amor (1Tm
4.12); persistindo sempre em ensinar e aconselhar a igreja;
independente das heresias que surgissem, ele não devia desanimar da
pregação (vs 13).
Também
não devia deixar que o desprezassem por sua mocidade; não podemos
aqui arvorar uma bandeira de um levante Jovem, de um movimento
insubmisso ou de rebeldia, mas sim, compreender que Deus usa
diferentes pessoas em diferente idades; precisamos saber respeitar e
acatar aqueles a quem Deus colocou como nossa liderança,
independente de idade ou condição social (vs 12).
Foi
através de uma profecia que o ministério de Timóteo “teve
início”; houve a imposição de mãos, ato que confirma o chamado
do ministro; Não importava a sua idade, ele havia sido chamado por
Deus para uma obra e precisava cumpri-la (vs 14).
Segue-se
então algumas recomendações práticas para o ministério; ele
devia lembrar de não repreender de forma dura os idosos, mas sim,
falar com ele como a pais e mães; aos jovens, ele deveria falar como
a um irmão ou irmã (1Tm 5.1).
Paulo
também entra na questão das viúvas, Timóteo deveria ter cuidado
com as mulheres que estivessem nessa situação; não com as jovens
viúvas, essas muitas vezes tornavam a se casar, mas com aquelas de
idade que, sem marido, e em família, viviam sem sustento.
O
texto então nos fala que “[…]
se
alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua
família, negou a fé, e é pior do que o infiel.” (1Tm
5.8). O cuidado com a família está na base das relações cristãs,
se há alguém que abandona o cuidar da família, esta pessoa negou
sua própria fé.
É
interessante observarmos que a palavra aqui traduzida como “Negou”
é ἤρνηται
– érnetai,
sua tradução de fato é “negar”; mas ha um detalhe interessante
aqui, o verbo encontra-se no “perfeito”; ou seja, quem assim
procede, negou a fé de uma forma completa e irremediável, algo
imutável; não dá para voltar a fé sem corrigir essa falta de amor
pela sua família. O abandono familiar é algo sério, um tema que
não podemos deixar de lado.
Paulo,
ainda, fala a Timóteo que aquele que governa bem a igreja é digno
de dupla honra, ou seja, de uma boa prebenda, um bom retorno
financeiro; junto a isso argumenta cuidado que Deus tem com os
animais que trabalham; eles são dignos de comer do fruto dos seus
trabalho (1Tm 5. 17-18).
Por
outro lado, não deve-se ordenar ninguém de forma precipitada (1Tm
5.20); a administração do rebanho de Cristo é algo sério, não se
pode ordenar uma pessoa de forma irresponsável; é preciso certeza
do chamado de Deus para aquela pessoa, e ciência que de fato a hora
é chegada.
O
texto da carta encerra-se falando sobre riquezas, Paulo não defende
aqui a pobreza como virtude, mas lembra a Timóteo que o desejo pelas
riquezas é algo perigoso; se temos como nos manter, já devemos
estar satisfeitos. Apresentamos aqui o recorte desses versos na
íntegra:
Porque
nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar
dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com
isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em
laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem
os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz
de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da
fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem
de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o
amor, a paciência, a mansidão. (1Tm 6.7-11)
Assim encerramos a Primeira carta de Paulo a Timóteo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário